sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nova cidade

Loucura para mim foi sempre um estilo de vida e não um adjetivo. Sem a loucura, o mundo não seria mundo, as invenções não seriam revolucionárias e a tecnologia não seria divulgada. Loucura é essencial para todos os seres humanos serem completos no quesito pessoa. Minha loucura da vez foi sair do Rio de Janeiro, avisando a poucos, para uma nova cidade. Viagens sempre foram uma parte de mim. O sentimento nômade me carrega como o vento carrega as aves. Mudança é um mistério, um medo, uma coragem. 

Estou morando em Natal, essa parte maravilhosa do nordeste brasileiro onde o sol brilha o ano todo mas não te derrete. Natal, lugar dos camarões, das praias paradisíacas, das aventuras nos morros. Aqui é um lugar bem próximo da perfeição pois mistura as qualidades cidade grande-cidade pequena. Tudo é mais perto e o trânsito é quase nulo. Montes de uma imensidão verde protegem e embelezam minha localidade. As pessoas são incrivelmente diferentes, todo mundo sorri sem medo, se expressa sem medo. Um povo acolhedor que está sempre disposto a te ajudar mesmo você não conhecendo 1 palmo da cidade. Confesso que me perdi algumas vezes, porém se perder é de suma importância para se encontrar. Comparando-se ao Rio de Janeiro, o transporte público aqui também não é dos melhores, consequência que na minha humilde opinião assola o território nacional. O lado bom é o preço, mais barato alguns centavos que posso economizar para as xerox da faculdade :)
Bom, sem mais delongas, venho a explanar o motivo da minha saída nem um pouco explanadora. Passei para a grandiosa Federal daqui, a UFRN por meio do ENEM. Estou no apartamento da minha madrinha que aqui reside (eu acho) há uns 7 anos. O campus é lindo, e sim postarei fotos quando eu parar para tirá-las. A parte mais bonita de lá é a Biblioteca. Nossa quando eu vi, pensei logo que aquilo iria fazer parte de mim em algum sentido. Quando se entra naquela ala de livros, sua alma se acalma e sua curiosidade se aflora; ficas até com vontade de estudar! Alguns leitores devem estar me esfaqueando pelo pensamento, mas se acalmem amigos. Não os contei porque tudo era incerto. Meus amigos próximos tem o conhecimento que tudo que vem a mim é complicado. Minha vida amorosa é um caos, minhas saídas são complicadas e etc. Na realidade, admito que eu que sou o complicado...Tenho conhecimento que, nesta altura do texto, a dúvida de muitos é saber o que estou cursando. Interesso-me pelo curso de Biblioteconomia há tempos e meu último ramo de trabalho, praticamente, gritava para eu fazer este curso já que eu ficava rodeado de pessoas que pouco sabiam o que comiam no almoço. Senti-me na obrigação de um dia mudar. Não estou desmerecendo meus antigos companheiros de trabalho, só que digo que a vida não é apenas flashes e um materialismo exacerbado que a mídia impõem. Tem um caminho muito mais bonito e misterioso fora disso. E, quando tudo se acalmar, vou continuar meu trabalho aqui mesmo. 
Passei sim para Biblioteconomia e estou orgulhoso sim de ter passado em um ano às avessas em que eu vivia triste e ressentido com a vida, que só me separava coisas boas e eu mal sabia. Estou aqui há umas 2 semanas e apaixonado pelo local. Procuro passar meus estudos e trabalhos sempre pela Biblioteca que, nossa, é fascinante. Gostaria que vocês entendessem meus motivos de mudança. Falei demais e não falei o importante. Não avisei a todos e nem fiz as melosas despedias porque tudo foi incerto. Eu saí do RJ sem ter passado oficialmente e não queria alimentar em vocês falsas expectativas que me deixariam mais nervoso e encucado. Quando meu nome saiu como aprovado, eu já estava aqui e comecei as aulas no dia seguinte com uns trabalhos, xerox, bastante leituras e outras correrias que estou adorando ter. Aqui não tem trote, pois, fiquei sabendo que o pessoal perdia a noção e a Reitoria proibiu (que louco!). Acho que expliquei basicamente o que vocês mereciam saber e será um ano que eu não passarei o carnaval com vocês na Avenida 1 ou na Rua 1. Passarei estudando rsrs, mas é claro que sairei algumas vezes para conhecer o carnaval natalense. Quando eu entrar no período de férias, irei visitar minha família e meu Apolo (que me corta o coração não trazê-lo). Contudo, ele está super bem com uma amiguinha que chegou lá em casa para brincar com ele. Visitarei vocês, não irei sumir se vocês não o fizerem. Meu whatsapp fica disponível quase o dia todo e respondo a todos quando puder. Realmente espero que vocês reconheçam minhas razões e estou ótimo, fazendo o que sempre quis mas sempre tive medo. Em alguma hora, o medo iria sumir. Agradeço pela paciência de leitura, beijos e abraços.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Padrões

Vou tentar voltar a postar mais neste blog que tanto gosto. Quando venho aqui, me sinto sonhador, me sinto livre, livre para falar o que eu quero sem me preocupar com opiniões de família, amigos, sociedade. Esse padrão martelando na nossa cabeça é o que, muitas vezes, atrasa no girar do mundo. Assunto clichê esse de padrões, sim. Mas eu ainda não me expressei sobre o mesmo, então se torna um clichê mais "light".
Bom, ultimamente minha vida andou mudando drasticamente, estou feliz por isso porque estou em busca dos meus sonhos! Contudo, se Deus quiser, se der tudo certo faço uma postagem exclusiva explicando os acontecimentos atuais.
Voltando a ideia do texto.. A vida realmente nos surpreende a cada dia. Eu, que sempre fui muito crítico em relação a tudo, estou aprendendo que criticar e tentar impor algo que você ache certo muitas vezes pode te prejudicar. Sim, sou eu mesmo, Arthur Campos que estou falando isso!!! Para não gerar conflitos futuros, vou deixar bem claro que essa crítica que estou tentando não ter, não tem nada a ver com governos, políticas, religião e etc. Isso eu ainda posso discutir calmamente a vontade para chegarmos a uma conclusão melhor sempre. A minha falta de crítica está sendo baseada nas pessoas, na sociedade como um todo, nos relacionamentos, opções sexuais e outras coisas baseadas nessa mesma vertente. Vou me expressar melhor para um benéfico aproveitamento das minhas ideias.
Tentarei contar uma breve história baseada em relacionamentos, opções sexuais e uma gota de sociedade. Isso aconteceu comigo há pouco tempo e vou resumir para uma compreensão dos valores e não dos detalhes. Quem me conhece pessoalmente sabe que minha vida amorosa sempre (e até hoje) é um caos, portanto vamos a mais um episódio. Sempre impus um padrão para minhas namoradas. Não gosto de garotas que bebem, não gosto das que pisam em tudo para conseguir o que querem, não gosto das sanguessugas, não gosto das mau educadas que fazem cena de pré adolescentes, não gosto da falsa que quer estourar tudo, inclusive meu dinheiro para ter "felicidade" e outras que passaram por mim e estão bem longe. Bom posso parecer cruel dizendo isso, mas digo porque já passei por situações assim e sempre tive minha opinião formada em relação a isso. Recentemente, passei pela garota que já namorou com uma garota. É, para alguns machos de plantão, isso seria bom, o sonho, blá blá blá. Para mim, desde o começo já teve complicações porque o Arthur sempre quer ser o príncipe e fazer a companheira de princesa. Tudo começou bem e até que isso, eu acho, não interferiu na nossa relação porque ela deixou bem claro que foi só um impulso, uma fraqueza e esses outros adjetivos que as pessoas usam. Numa outra ocasião de minha juventude, iria dar um perdido nela e nunca mais aparecer. Todavia, foi diferente. Eu via algo nela que valia a pena. Resumindo, tentei ser o melhor cara para ela. Eu ia à praia em dias de sol infernal para vê-la feliz e eu detesto! kkk. Eu fui me transformando num cara que nem eu mesmo conhecia. Sem mais delongas, tivemos uma briguinha e tudo acabou. Terminamos nosso relacionamento mal, não irei mentir. O problema foi que eu gostei de conhecê-la e não quis perder contato. Tá, fiquei muito chateado por ela ter acabado com tudo de uma vez só.. Eu só não queria que ela sumisse de vez. Bom, ficamos indiferentes mas nos falávamos. Passou, sei lá, 1 semana e meia e ela me disse que estava namorando. A amizade que eu queria ter só me fez mal porque se num tempo tão pequeno ela já estava namorando, então ela já tinha alguém quando estava comigo. Nossa eu nunca iria pensar que isso poderia acontecer comigo pois eu sempre sou bom com todas. Desde então, não estamos nos falando nem por opção de ambos. É que acabou, não temos motivo para criar uma amizade inútil.
Bom, aonde eu quero chegar é: eu sempre fui o crítico, o metido a certo e quando entreguei meu coração a uma desconhecida, virei de cabeça pra baixo. Todos os padrões que eu construí numa vida, foram desestruturados por ela. E isso, sinceramente, não foi ruim. Eu aprendi que não devo procurar a perfeição nas pessoas, já que a imperfeita parecia perfeita na minha mente ilusória. Aprendi a não me entregar de alma para qualquer uma. As pessoas gostam de machucar as outras, se veem feliz com o próximo caído e fraco, então se você entregar seu coração assim, no final o infeliz será apenas você. Desisto de impor padrões nos relacionamentos, desisto de criticar, desisto de querer ser o certo e de confiar. Pareço um monstro mas a verdade é que sempre tentei não ser um, e sempre alimentavam o espécime dentro de mim. Sou fechado e receoso com as pessoas.
Padrões sempre foram maléficos pois se você os impõem, você realmente espera que eles sejam reais e não são. Isso é decepcionante. Tudo é relativo e tudo acontece por uma razão. Acho eu que a razão foi para eu deixar ser besta e acordar! Criar expectativas é ruim, mas as vezes o cônjuge só é bom, só te dá valor na sua cabeça e você tenta mudar a realidade para algo que não existe. É terrível ter esta frieza no dia-a-dia, porém se você não tiver, infelizmente você será a sola do sapato do planeta.
Espero ter me expressado como eu imaginava neste pequeno texto que é muito pouco para contar tudo. Dedico o mesmo para uma das minhas melhores amigas Laisla Barros que sempre me ajuda a gargalhar de tudo, até quando o mundo gargalha de você. Beijo gata!